UFBA realiza nova assembleia, mas greve não tem previsão para acabar
Durante as discussões, foi sugerida a possibilidade da universidade encerrar as atividades completamente
O comando da greve dos professores e funcionários da Universidade Federal da Bahia realizou, no auditório da Reitoria da UFBA, nesta última segunda-feira (27), mais uma assembléia para discutir os rumos da greve.
Apesar de a discussão ser longa, a assembléia começou por volta das 14h30 e estava em andamento até, pelo menos 18h30 da noite, nenhuma das pautas sequer cogitou o encerramento da paralisação. Pelo contrário, o objetivo maior era fazer um balanço, não apenas da greve em si, mas também da própria categoria e como esta iria reagir ao atual momento econômico do país.
Durante os informes, um dos professores defendeu que deveria ser feita a auditoria da dívida do País, pois, segundo ele, somente assim o Governo Federal se sentiria ameaçado e buscaria uma solução para os professores. Outra professora, Maria da Graça Druck, da pós-graduação da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais, durante informe sobre os cortes de energia na faculdade, defendeu que a situação da UFBA é pior do que realmente parece.
“Isso é de uma gravidade enorme [sobre cortes de luz e orçamento]”, disse ela, “acho que nós temos que fazer uma discussão específica sobre a situação de fechamento da Universidade Federal da Bahia, porque é disso que nós estamos falando”, finalizou.
Ao ser perguntado sobre a real possibilidade de encerramento das atividades, o Vice-Reitor da UFBA, Paulo Miguez, enfatizou que a universidade não fechará as portas, e que, apesar dos problemas de orçamento, “a universidade continuará sua luta na defesa do ensino público e gratuito.
“A universidade não fechará essas portas, a ditadura militar não fechou esta casa e não será a dificuldade de orçamento que fechará”, disse ele. Fonte/ noticias varela.com